Efeito Estufa – O que é?

Gases que compõem o efeito estufa

Durante o dia o calor do sol é retido e durante a noite é gradualmente liberado para o espaço. Isto faz com que o planeta terra tenha uma temperatura estável, o que torna possível a vida, se não fosse estes gases do efeito estufa, o planeta perderia rapidamente o calor durante a noite, mantendo a temperatura do planeta terra em media de negativos 10ºC. O que não daria condições para manter grande parte da vida que o planeta abriga hoje. Os gases mais importantes para a formação do efeito estufa são: gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2), Metano ou gás natural (CH4), e óxido nitroso (N2O), estes gases absorve parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre.

O Ciclo do CO2

O problema é que a atividade humana vem ao longo do desenvolvimento da civilização alterando o equilíbrio do efeito estufa, principalmente com a crescente liberação do CO2 na atmosfera. No inicio pela queima das florestas e depois com a revolução industrial o homem passou a usar a queima de carvão e o petróleo como principais fontes de energia, o resultado disto é a grande liberação de CO2 para a atmosfera, quantidades crescentes e acima do que os oceanos e plantas conseguem absorver, causando as mudanças climáticas que vivemos hoje.

O Potente Metano

O segundo gás mais significativo, liberado pela atividade humana, é o metano, 20 vezes mais potente do que o dióxido de carbono CO2. É produzido pela ação de certas bactérias, que se desenvolvem em associação com os seres vivos. Essas bactérias são encontradas, por exemplo, nas entranhas de animais ruminantes, em aterros e em arrozais. Atividades com exploração de gás natural e extração de carvão também liberam metano, antes aprisionado no subsolo. Outra fonte importante é a vegetação apodrecendo em locais de água estagnada. Estudos sugerem que esses locais podem ser responsáveis por 1/5 de toda emissão de metano no planeta, que colabora com 7% do aquecimento global. A concentração do gás metano é a mais alta em 420 mil anos.

A Influência Humana

O homem gera outros gases estufa, ainda que em menor escala. São eles o óxido nitroso e o ozônio, também produzidos pela natureza, e os clorofluorcarbonetos (CFCs), composto artificialmente feito pelo homem. Os CFCs foram abandonados em larga escala nos últimos 25 anos para proteger a camada de ozônio. Mas alguns de seus substitutos, como os hidrofluorcarbonetos, os perfluorcarbonetos e os hexafluorestos de enxofre, usados em refrigeradores e outros equipamentos, também colaboram com o aquecimento global.

Breve Historia da Ciência do Efeito Estufa

1824 – O físico francês Joseph Fourier descreve o “efeito estufa” natural do planeta Terra. À época, ele escreveu: “A temperatura (da Terra) pode subir pela interposição da atmosfera, porque o calor na forma de luz encontra menos resistência ao penetrar o ar do que quando passa o ar já convertido em calor não luminoso”.

1861 – O físico irlandês John Tyndall prova que o vapor d’água e outros gases criam o efeito estufa.  Ele conclui que “a camada formada por este vapor é mais necessária à vida vegetal da Inglaterra do que o tecido é para o homem”. Mais de 100 anos depois, uma importante organização britânica de pesquisa climática é batizada de Tyndall Centre, em sua homenagem.

1896 – O químico sueco Svante Arrhenius conclui que a era industrial movida a carvão vai colaborar para o aumento do efeito estufa natural. Ele indica que o fenômeno pode vir a ser benéfico para as gerações futuras. Seu dimensionamento do efeito estufa criado pela ação do homem” são semelhantes – incremento de alguns graus Celsius para o dobro de aumento de gás carbônico (CO2) – ao usado em modelos climáticos atuais.

1900 – Outro sueco, Knut Angstrom, descobriu que o CO2, mesmo em diminutas concentrações encontradas na atmosfera, absorve intensamente partes do espectro infravermelho. Sem, entretanto perceber a importância de sua descoberta, Angstrom mostrou que o gás pode produzir aquecimento da atmosfera.

1927 – As emissões de carbono a partir da queima de combustível fóssil com a industrialização alcançam 1 bilhão de toneladas por ano.

1938 – Utilizando dados colhidos em 147 centros de estudos climáticos ao redor do mundo, o engenheiro britânico Guy Callendar mostra que houve um aumento da temperatura no século anterior. Ele também comprova que a concentração de CO2 aumentou no mesmo período, sugerindo que esta seja a causa do aquecimento global. O “efeito calendário” é amplamente desconsiderado por meteorologistas.

1955 – Utilizando uma nova geração de equipamentos que incluem os primeiros computadores, o pesquisador americano Gilbert Plass analisa em detalhe a absorção de infravermelho de diferentes gases. Ele conclui que, ao dobrar a concentração de CO2, a temperatura será elevada entre 3ºC e 4ºC, causando severas mudanças climáticas.

“Atualmente, os seres humanos estão realizando um experimento geofísico em larga escala…”

1957 – O oceanógrafo Roger Revelle e o químico Hans Suess, ambos americanos, comprovam que a água do mar não é capaz de absorver toda a quantidade adicional de CO2 lançada na atmosfera, como era assumido por muitos. Revelle escreveu: “Atualmente, os seres humanos estão realizando um experimento geofísico em larga escala…”

1958 – Utilizando equipamento criado por ele mesmo, Charles David (Dave) Keeling começa a medir sistematicamente o CO2 na atmosfera a partir de Mauna Loa, no Havaí, e na Antártica. Dentro de quatro anos, o projeto – que continua até hoje em dia – fornece a primeira prova inequívoca de que o nível de CO2 na atmosfera está aumentado. 1989 – As emissões de carbono a partir da queima de combustível fóssil e da atividade industrial atingem 6 bilhões de toneladas por ano.

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